Sessão do senado aprova projeto

Senado cria prêmio para estimular adoção tardia de crianças e adolescentes

O Senado aprovou nesta quarta-feira (09) a criação de um diploma para incentivar a adoção tardia. Pessoas ou instituições que desenvolvam atividades para estimular a adoção de crianças maiores de 3 anos ou adolescentes poderão concorrer ao Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania.

O Prêmio será concedido anualmente pelo Senado Federal para cinco pessoas ou instituições que desenvolvam ações para estimular a adoção de crianças maiores de três anos de idade e adolescentes com irmãos, com deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de saúde. Um conselho formado por parlamentares de todos os partidos políticos presentes no Senado vai analisar a documentação dos indicados a receber o diploma, que será entregue sempre no final de maio, quando é comemorado o Dia Nacional da Adoção.

O autor do projeto, senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, afirma que o quadro de abandono familiar pode provocar o agravamento da situação socioeconômica dos jovens que atingem a maioridade em abrigos. Dados do Cadastro Nacional de Adoção apontam que em 2019 havia 47 mil crianças acolhidas pelo estado e 9 mil aptas para adoção, apesar de mais de 45 mil pessoas estarem interessadas em adotar.

Os números de 2020 mostram que 13% dos pretendentes queriam apenas crianças brancas, outros 61% não aceitavam acolher irmãos. Por outro lado, 66% das crianças abrigadas são pardas e negras, 85% delas tem mais de três anos de idade e 54% têm irmãos.

Pessoas fila distanciamento

Distanciamento social e o processo adotivo

A pandemia da Covid-19 interferiu na vida de todos e entre as famílias que desejam adotar uma criança não é diferente. O distanciamento social, tão necessário para barrar o contágio do novo coronavírus, provocou o fechamento de fóruns, a reorganização do trabalho e impactou na finalização de processos de adoção no ano de 2020.

Fonte: Folha de Londrina

Pai e filho com camiseta combinando e cachorro no colo

Pandemia e processo de adoção híbrido

Após viajar por horas de carro entre a cidade de Cachoeira de Macacu, no Rio de Janeiro, e Embu das Artes, em São Paulo, o professor Erasmo Coelho viu Gustavo, de 11 anos, pessoalmente pela primeira vez e conquistou o sonho de adotar o filho. O encontro frente a frente ocorreu no meio da pandemia, em maio de 2020. Por causa disso, todas as conversas com a criança e as responsáveis pelo abrigo no qual o menino morava foram virtuais.