Perdidos no Sistema, versão Portugal

A situação de crianças e adolescentes acolhidos em Portugal apresenta semelhanças com o cenário brasileiro. Veja o artigo a seguir:

“Há três anos, especialistas de todo o mundo reunidos no Porto concluíam a triste realidade: Portugal é uma anomalia no que respeita à sua notória incapacidade de encontrar famílias que acolham crianças que foram institucionalizadas por não terem pais ou por lhes terem sido retiradas, normalmente por maus tratos ou falta de cuidados mínimos”.

Sessão do senado aprova projeto

Senado cria prêmio para estimular adoção tardia de crianças e adolescentes

O Senado aprovou nesta quarta-feira (09) a criação de um diploma para incentivar a adoção tardia. Pessoas ou instituições que desenvolvam atividades para estimular a adoção de crianças maiores de 3 anos ou adolescentes poderão concorrer ao Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania.

O Prêmio será concedido anualmente pelo Senado Federal para cinco pessoas ou instituições que desenvolvam ações para estimular a adoção de crianças maiores de três anos de idade e adolescentes com irmãos, com deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de saúde. Um conselho formado por parlamentares de todos os partidos políticos presentes no Senado vai analisar a documentação dos indicados a receber o diploma, que será entregue sempre no final de maio, quando é comemorado o Dia Nacional da Adoção.

O autor do projeto, senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, afirma que o quadro de abandono familiar pode provocar o agravamento da situação socioeconômica dos jovens que atingem a maioridade em abrigos. Dados do Cadastro Nacional de Adoção apontam que em 2019 havia 47 mil crianças acolhidas pelo estado e 9 mil aptas para adoção, apesar de mais de 45 mil pessoas estarem interessadas em adotar.

Os números de 2020 mostram que 13% dos pretendentes queriam apenas crianças brancas, outros 61% não aceitavam acolher irmãos. Por outro lado, 66% das crianças abrigadas são pardas e negras, 85% delas tem mais de três anos de idade e 54% têm irmãos.

Pessoas fila distanciamento

Distanciamento social e o processo adotivo

A pandemia da Covid-19 interferiu na vida de todos e entre as famílias que desejam adotar uma criança não é diferente. O distanciamento social, tão necessário para barrar o contágio do novo coronavírus, provocou o fechamento de fóruns, a reorganização do trabalho e impactou na finalização de processos de adoção no ano de 2020.

Fonte: Folha de Londrina