Primeiro Natal com a família adotiva

Há cerca de quatro anos, Adriana Griesang Bettanin, 38 anos, e Rosemar Bettanin, 49, moradores do interior de Santa Catarina, resolveram adotar uma criança. Foi mais ou menos quando duas irmãs passaram a morar em uma casa-lar de Caxias do Sul. Recentemente, as histórias se cruzaram e as meninas de 10 e 11 anos viraram filhas do casal. E ainda ganharam uma irmã: Valentina, 14.

A decisão de adotar foi tomada após várias tentativas do casal ter um segundo filho. Como não conseguiam engravidar, procuram a Assistência Social e, logo de cara, pensaram em uma garotinha entre nove e 11 anos para ser a parceira de Valentina.

— Uma criança maior já foi o ponto de partida. Para adotar menores, o tempo de espera é muito maior e já tínhamos vivido a experiência de ter um bebê. No início, queríamos apenas uma menina que coincidia com a idade da nossa filha biológica, até pelo fato do crescimento juntas. A gente despertou a possibilidade de ter mais duas crianças. Foi acontecendo — contou a mãe.

De famílias grandes, com muitos irmãos, o casal sente que a chegada das duas meninas encheu a casa e completou ainda mais a família. A filha mais velha agora tem a companhia que ela tanto queria e os pais, amor em dose tripla.

— A Valen está se completando porque ela vinha pedindo um maninho, uma maninha para brincar. Ela se sentia muito sozinha para compartilhar as bonecas, desenhos, o dia a dia. Ela está muito feliz, realizada. E quando chego do trabalho, a menor vem e diz: “papai, eu te amo, estava com saudades de você”. As lágrimas brotam sem querer — se emociona Rosemar.

Neste sábado, véspera de Natal, a nova família completa uma semana — Adriana e Rosemar buscaram as meninas em Caxias no dia 16 dezembro. Será a primeira celebração natalina com a nova formação, que inclui a mãe de Rosemar, a nona Theresinha Bettanin, 85.

— Estamos passando para as meninas que Natal não é só presentes, Papai Noel. Estamos passando o verdadeiro sentido, que é a vinda de Jesus Cristo. Não é só o consumismo. Estamos mostrando que o bom da coisa é fazer um biscoitinho junto, fazer o simples, fazer o dia a dia acontecer na naturalidade. Estamos mostrando o verdadeiro sentido do Natal, com simplicidade, que Cristo veio para nos resgatar. Mostrar que a família está unida nesses momentos mais do que nunca — ensina Rosemar.

Mais detalhes da notícia na íntegra:

Participantes da corrida reunidos no pódio

IAL participa da 2° Corrida da Adoção

A iniciativa da Corrida tem organização e realização de Ministério Público do Rio Grande do Sul, Sesc/Fecomércio/Senac, Pais de Coração, prefeitura de Porto Alegre, Instituto Victória Nahon, Sucesu RS e PUCRS. E, não podia faltar, o apoio do Instituto Amigos de Lucas!

Este ano, o destaque foi para a adoção tardia (crianças maiores de seis anos e adolescentes).

Nosso muito obrigado a todos os participantes!

Pai e filho com camiseta combinando e cachorro no colo

Pandemia e processo de adoção híbrido

Após viajar por horas de carro entre a cidade de Cachoeira de Macacu, no Rio de Janeiro, e Embu das Artes, em São Paulo, o professor Erasmo Coelho viu Gustavo, de 11 anos, pessoalmente pela primeira vez e conquistou o sonho de adotar o filho. O encontro frente a frente ocorreu no meio da pandemia, em maio de 2020. Por causa disso, todas as conversas com a criança e as responsáveis pelo abrigo no qual o menino morava foram virtuais.